O AMOR ORIGINÁRIO EM ESTADO PERMANENTE
01/11/2025 20:59
Por Alanna Souto Cardoso Tupinambá
Em meio às lutas cotidianas de quem sobrevive e resiste dentro da classe trabalhadora indígena, o amor não pode ser mais um campo de sofrimento.
Entre a exaustão e o cuidado, o afeto precisa ser simples, presente e recíproco.
Não há espaço para sacrifícios quando a própria existência já é uma travessia.
O amor, nesse território de superações, é abrigo — e deve chegar junto.
Morar junto. Ter previsão da morada. Facilitar o calendário e diminuir os custos do sistema — capital e emocional.
História de amor não é passeio, nem um caso de negócio.
Tampouco congressual.
Porque se a paixão, ao tornar-se amor, não exige sacrifício, floresce da possibilidade de fazer-se (na) morada junto — e muda, silenciosamente, o estado das aparências.