A ORIGINALIDADE DA OBRA
por Alanna TUPINAMBÁ
O equilíbrio nos alimenta com as melhores poesias.
Rega-nos, e nos segura, faz massagem nos teus cabelos longos.
De juba ameríndia.
Desamarra nós.
Sorrio quando te vejo sorrindo.
Algo em ti não está em paz.
Te leva pra cima do alto da minha estrutura espiritual.
E embalo , encaixo e fixa.
E te beijo em uma logo sophia ritual.
Acordas...e se depara sozinha, sem o amor, com seu guia anti héroi sem reflexo.
Não é dele, o que está dentro de ti. O elo do cordão umbilical.
Do nosso útero universal. O obra...original.
E se te assombra a originalidade da obra...
Se querem te roubar a beija flor. Ficarás sem a autor(a).
És tua a girassol amarela.
E se de repente desapareço e te cria desassossego interior.
Te enlouqueço...
No tempo lemniscata te vejo, não sei se me perco.
Pega na minha mão e vem comigo. Garimpa minha memória.
Localizamos um cristal das profundezas do canal.
No silêncio te escuto e nunca foi tão recíproco,
Só dói um pouco. A falta do teu “falo” no meu “falo” em nossas vulvas que se falam.
O sentir da paixão reprimida...dói, massageio de novo.
Gira o relógio, acordas e dessa vez
Tem hora marcada. Calor, voz e endereço.
Não é nas águas do “agora”. No porvir do próximo “amanhã”
Algo despenca de sua estrutura? Não. Tudo já estavas no chão.
Era apenas a cama do Zé do caixão.
Mas do alto daquela altiva, generosa e observadora paixão
Chegas e desaba ás candidaturas sombrias.
Inexistentes
Se é apenas você o número que tem encaixado na minha alquimia de poeta.
E da minha porta entrada de maga, abrimos outras portas.
E na nossa cova entramos. Sob olhos nos olhos... fechamos a porta.