Tecer Tradições e as Letras — três alfabetizações contra-hegemônicas e sua lâmina

06/12/2025 23:17

A primeira alfabetização foi para entender o mundo das letras

e explicar aos meus parentes da oralidade.

A segunda alfabetização foi reescrever
o que haviam feito “com nós”.

A terceira virou faca amolada de Santa Maria indígena —
aquela tradução indígena do diário do Bispo Frei São José.

Depois veio a Maria das nossas vozes.
Antítese, tese, síntese.

E o quilombo, Antônio Bispo, traduziu Marx.

Te conheci.
Os bons desembarcam cedo.
E se libertam.

Terra… por outro lado,
meu pai ainda está por aqui.

Vai doer… caminho, narro, documento, identifico, teço,
e me reencontro na (in)finitude da vida
e do amor originário eterno — e teço, enalteço.